Expressões Indecifráveis

Sinceramente! Existem expressões na língua portuguesa que, por mais que pensemos e reflitamos, não conseguimos atinar como e porque razão elas foram parar onde estão e significar o que significam. São coisas como “pé-de-vento”, “chover canivetes”, “a ver navios” etc.

O que dizer então de “estar com o pé na cova”, será que o pé de alguém morreu antes do que o resto do corpo? E “pé frio”? Seria algum pé colocado na geladeira? Ou seria o mesmo pé-na-cova na geladeira do necrotério? E o sujeito que é um “pé-no-saco” então? Será que a evolução genética já permite que alguém nasça com o pé no lugar dos testículos?

Outras primam pela sua dubiedade, pela sua, vamos dizer assim, subutilização, esse é o caso de “pé-de-mesa”, por exemplo, que tanto pode ser o nome do apoio que mantém a mesa equilibrada no solo como também pode designar o indivíduo de órgão sexual avantajado ou então “saco cheio” que, às vezes significa que alguém está farto de alguma coisa ou de alguém e outras vezes identifica o cidadão que não pratica o ato sexual há muito tempo.

Existem outras como “cachorro quente” que é um comestível que sugere que, comer cachorro frio deve ser tão desagradável como comer qualquer outra comida fria, provavelmente para se comer cachorro frio deve ser necessário pagar com “dinheiro frio”.

Quem de nós nunca ouviu falar de “carro envenenado”? Será que andam por aí batizando gasolina com cicuta ou arsênico? E a pessoa que é um “saco furado”? Tem ou não testículos? Fazer “vista grossa’ é não ensinar a vista a jogar bola? "Arrebentar a boca do balão” seria o mesmo que deflorar uma mulher gorda? E “dar de ombros”? O que seria? Essa é difícil até de imaginar, pois sabemos que por aí afora é comum dar de pé, dar deitada e até dar de quatro, mas de ombro! O mais próximo que consigo chegar é alguém que não tenha os braços tentando dar de quatro.
E assim indefinidamente poderíamos ficar aqui falando de “olho gordo” (Olho do Jô Soares?), de fazer alguma coisa com o "pé nas costas” (contorcionismo?), de “espírito de porco” (macumba?), “pegar na veia” (vampiro?), “coitadinho” (essa eu não vou nem comentar) ou de tantas outras expressões que simplesmente subvertem o sentido das palavras e as fazem perder todo o nexo.

Mas existem algumas dessas expressões que merecem um estudo à parte, uma análise especial, tal a sua desconexão entre o que são por escrito e o que efetivamente querem dizer. “Bunda mole” é uma dessas expressões. Eu gostaria honesta e sinceramente que alguém me explicasse de onde se tirou a idéia de que a pessoa incompetente ou medrosa teria as nádegas flácidas? Será que alguém andou por aí apalpando as nádegas dos incompetentes e medrosos antes de lançar aos ares esta maravilhosa expressão? E se “bunda mole” é uma expressão pejorativa, seria elogio chamar alguém de "bunda dura”? A expressão “bunda mole” depois evoluiu para “bundão”, o que aumenta a minha curiosidade: será que aqueles que antes apalpavam as nádegas dos incompetentes e medrosos estariam agora medindo-as, coisa de louco!

8 comentários:

Thiago Neres disse...

Adoro português, gostei dos comentários e das expressões.

Algumas eu achei meio lógicas, como pé na cova e pé no saco.

Pé na cova >> pisando na cova, ou seja, peeerto dela

Pé no saco = chute no saco xD

Mas curti o post!

Anônimo disse...

legal o post.valeu

Anônimo disse...

rsrsrsrs

Donde o porvo tira estas coisas.

Muito legal,
tem um livro esplicando estas coisas, infelizmente não lembro o nome, mas se lembrar volto aqui para escrever o nome.

Desculpe a pressa, mas estou indo tirar "água do joelho".

Abração

Anônimo disse...

Olho gordo, pé frio e bunda mole são as melhores... jakjakjakajka me mijo todo quando ouço alguém falar.

Anônimo disse...

Massa teu blog...vo vir aki sempre que puder XD

Anônimo disse...

legal o post mas achei muito longo, hiauhia

[]'s pia

Anônimo disse...

Pô!
Longo, mas é um post inteligente!

monidibb disse...

he,he, he, genial a reflexão sobre o "bunda mole" D+

Seguidores

Copyright 2006 H4ck3rik.com - GPL License