Vício em internet

O psiquiatra americano Dr. Jerald Block, especialista da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, em Portland, divulgou um novo estudo a respeito do vício em internet na respeitada publicação American Journal of Psychiatry.


Nele, Block alerta para alguns dos sintomas do vício, que incluem uso excessivo da rede, freqüentemente associado a perda de noção do tempo; sentimento de raiva, tensão ou depressão quando não existe um computador por perto; necessidade de melhores máquinas, mais softwares e mais horas de uso e ainda outras repercussões negativas, como brigas, mentiras, fadiga e isolamento social.

Segundo o site The Guardian, a Coréia do Sul é um dos locais onde o problema é maior, já que é o maior mercado banda larga do mundo. Ao menos dez jovens já morreram por usar a internet por longos períodos em cibercafés, colocando o vício em internet como um dos problemas mais sérios de saúde pública do país.

Acredita-se também que cerca de 210 mil crianças sul coreanas precisem de tratamento, sendo que destas 80% precisariam de medicamentos e 25% deveriam ser internadas. O problema pode ser pior, com a descoberta de que 1,2 milhão de adolescentes estão em risco de vício após o resultado de pesquisas que indicam que jogadores passam em média 23 horas por semana em mundos virtuais.

O problema, contudo, não está apenas na Coréia: autoridades chinesas estimam que 13,7% de todos os seus jovens internautas, um número que chega a 10 milhões de pessoas, podem ser consideradas viciadas. Nos Estados Unidos, as estimativas são mais complicadas de realizar, já que a maior parte dos usuários utilizam conexões domésticas, e não cibercafés.

Block alertou para o fato de que o vício em internet é resistente a tratamento, mas esclareceu que este não está ligado a um serviço ou site específico. "O relacionamento é com o computador", explicou acrescentando que após ganhar importância, o computador troca experiências que poderiam ser reais por virtuais e, quando tirados dos usuários viciados, pode levar a depressão ou a raiva.

Como resposta a este tipo de problema relativamente novo, clínicas que tratam destes vícios começaram a surgir, bem como grupos de apoio. Robert Freedman, editor do American Journal of Psychiatry explica que as expressões do vício podem ser diversificadas. Enquanto na Coréia o problema parece ser relacionado a jogos, na América são as redes sociais. "Pornografia, jogo, aposta, chat com os amigos. Isto tudo existia antes, mas agora está muito mais fácil", comentou.

Freedman aposta que para resolver o vício, a resposta pode ser simples: substituir grupos online por reais, e começar a freqüentar grupos de apoio. No Brasil, universidades como a PUC e a Unifesp oferecem atendimento gratuito para viciados em internet.

7 comentários:

Camila disse...

Nossa!! morrer por estar viciado em internet. Realmente para isso acontecer deve ter atingido um estado de total dependencia pela internet. Eu não sou tão viciada, mas algumas pessoas que eu conheço... porem não chegam ao ponto de ficarem em depressão por estarem longe da net! Nossa! q problemão.
Excelente materia
abraços!!

Flá Romani... disse...

Eu postei sobre isso no meu blog essa semana... sou um pouco ( ou mais que isso hauhauah ), viciada em internet.... ai ai ai

^^

fazer o que né :)

Esther disse...

Legal bem enteransante o seu blog continue assim...

Beatriz Paz disse...

"Tudo que é demais, faz mal!", já dizia meus sábios avós.
Ao mesmo tempo que a medicina avança, avança também a tecnologia e junto com ela outros problemas, diferentes dos de 50 anos atrás.
É tudo proporcional, e não tem como fugir.

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Henrique Felippe disse...

É uma informação preocupante... e isso deve-se tb ao fato da banda larga deles serem realmente banda larga... imagina se em nosso País nossa Banda Larga fosse realmente velox... pq pra eles, nosso acesso é discado... tenho certeza que passariamos mais tempo conectado e seria uma valvula de escape ainda maior para muitas pessoas...

Julieny Rodrigues disse...

Carambaa!! Eu sabia que tinha gente viciada em internat, mas não tinha nem noção da quantidade de pessoas e nem do que elas são capazes de fazer ao serem retiradas do seu mundo virtual...

"Moh sinístro aeh!"

Karla Gracielle Peres disse...

Incrível morrer por esse vício. Realmente exageiros fazem muuuito mal.

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